DOIS CAMINHOS E DOIS DESTINOS

Por Leonardo Dâmaso

Texto base: SL. 1-1 ao 6​

​
Introdução

​     O salmo 1, de autor desconhecido, é no entanto, mais que uma introdução de todo o livro; ele é considerado o prefácio dos salmos, e aparece no início do saltério como uma entrada para o santuário. Este é um salmo de sabedoria, seu tema é tão grande quanto à bíblia toda.

     É desejo do salmista nos ensinar o caminho para a bem aventurança e avisar-nos sobre a destruição certa dos pecadores. Este portanto, é o assunto do primeiro salmo, que pode ser visto e
analisado como o texto sobre o qual num todo compõe um sermão divino.

E também ele traz ensinamentos apresentados numa forma característica da literatura sapiencial do AT. Retrata a vida terrena de pessoas com uma jornada de 2 caminhos e 2 destinos diferentes. Ele serve de placa indicativa e aponta à direção que devemos seguir, a obediência a palavra de Deus. 

​
Argumentação

     O salmo 1 classifica as 2 classes de pessoas em um contraste com suas respectivas categorias espirituais e morais.

O RETRATO DO JUSTO (1.1 ao 3).

1º o caráter espiritual e moral do justo (vs.1a).

     BEM AVENTURADO É O HOMEM vem da palavra hebraica (eser), que traduzida para o português denota-se quão feliz, abençoado.
Quão feliz e abençoado é o homem que está em Cristo, quem não está em nEle, não pode ser bem aventurado.

      Aquela pessoa que é bem aventurada, ela só é isso, só recebeu essa benção de Deus pela sua graça, que é o seu favor imerecido, benevolente, espontâneo e amoroso em Cristo Jesus o nosso senhor.

O mundo e seus atrativos não podem te dar e te fazer feliz, o dinheiro, a fama, as festas, o sexo, as drogas, nada disso pode te fazer ou te dar a verdadeira felicidade, que só a graça, que só Cristo pode te dar pelo teu santo Espírito.

(Dt. 33-29) “Bem aventurado és tu, ó Israel! Quem é como tu? Um povo salvo pelo Senhor, escudo do teu socorro, e a espada da tua alteza;”

(Mt. 5-8) “bem aventurado os limpos de coração, porque eles verão a Deus.” E quem são estes limpos, os escolhidos de Deus, os filhos do Senhor como diz o próprio Senhor Jesus em (Jo. 15-3) “Vós já estai limpos pela palavra que vos tenho falado”.

      E o salmista descreve o homem nesse estado de felicidade completa em 2 aspectos tanto passivo como positivo (vs.2,3).

Ele faz uma lista de 3 tipos de pecadores, (ÍMPIOS, PECADORES E ESCARNECEDORES) 3 expressões de pecado (ANDA, DETÉM E ASSENTA) e 3 caminhos de pecado (CONSELHO, CAMINHO E RODA) que estão disponíveis para o justo, mas que não são freqüentados por ele.

Em ordem ascendente são 3 atitudes passivas do homem bem aventurado:

a) QUE NÃO ANDA NO CONSELHO DOS ÍMPIOS (vs.1b).

      As características passivas de um justo são vistas nas coisas que ele não faz, naquilo que ele nega. O progresso no pecado é marcado por ousadia, e os graus são em 1º lugar: andar, isso o verdadeiro cristão evita.

Isto implica que, a conduta do justo, o seu comportamento, as suas atitudes não são moldadas pelos padrões mundanos. Que o cristão não leva a sua vida de acordo com o conselho dos ímpios; que são os homens pecadores e maus, ele age de forma negativa a esses padrões, no que tange as coisas evitadas.
     Você pede conselhos a alguém antes de tomar decisões importantes na vida? Quem são os seus conselheiros? Pessoas ímpias ou homens e mulheres de Deus? Pessoas sábias ou pessoas tolas e atribuladas que não tem Deus na sua vida?

(Jó. 21-16) “vede, porém, que o seu bem (a palavra, a direção de Deus) não está na mão deles (dos ímpios); esteja longe de mim o conselho dos ímpios.”

     O AT testamento fornece vários exemplos de pessoas que caíram porque seguirem os conselhos dos ímpios. Amnon, um dos filhos de Davi, seguiu o mau conselho de seu amigo Jonadabe e estrupou a sua meia irmã, Tamar (2Sm. 13-1 ao 20).

Até que levou à desintegração da família de Davi. Roboão, sucessor de Salomão, recusou dar ouvidos ao conselho dos anciãos sábios e optou por seguir a recomendação de seus jovens amigos. Como resultado, a nação de Israel de dividiu em 2 reinos que nunca mais se reuniram (1Rs. 12-1 ao 20).

      Sempre antes de tomar qualquer decisão séria e importante, tome conselhos da pessoa certa (PV. 15-22) diz que: “Onde não há conselho os projetos fracassam, mas com a multidão de conselhos se há bom êxito.”

E principalmente, tome conselhos do conselheiro dos conselheiros, cristo Jesus o nosso Senhor através da oração e da sua palavra, que Ele lhe orientará de acordo com a sua vontade em o que fazer e como agir.

(Pv. 19- 21) “Muitos propósitos há no coração do homem, mas o conselho do Senhor permanecerá”.

b) NÃO SE DETÉM NO CAMINHO DOS PECADORES (vs.1c).

     Agora vemos que não é somente nas coisas evitadas que o justo deve agir, mas nas coisas manifestas, como se deter. Ou seja, o homem e a mulher de Deus não fazem associação, aliança com os pecadores.

Mas isso também não significa que você vai se isolar dos pecadores e não se relacionar com eles, o texto não diz isso, e é o que Paulo fala sobre isso, senão vejamos em (1Cor. 5-9 e 10). E o texto de salmo diz que:

     O cristão não entra numa amizade, numa comunhão profunda com pessoas que não servem ao mesmo Deus que ele. Ele não pode namorar se casar com um homem ou uma mulher que não teme a Deus, que não é de Deus.

      Normalmente no seu ambiente de convívio, no seu trabalho, na escola, na sua casa, na sua família você convive com pessoas que não são convertidas, todavia você deve se relacionar com elas, mas num nível restrito, como apenas colegas de trabalho, de escola e também na família, evitando intimidades excessivas.

O nosso relacionamento com o pecador deve ser estritamente como um meio para se evangelizar, aconselhar e mostrar à verdade do evangelho a pessoa, a fim de que se for da vontade de Deus, ela venha a se converter a Cristo.

C) NEM SE ASSENTA NA RODA DOS ESCARNECEDORES (vs.1d).

      O justo, o crente ele não tem comunhão com aqueles que desprezam a Deus. A palavra ESCARNECEDORES vem do termo hebraico (lûs), que significa na raiz primitiva, apropriadamente fazer caretas, zombar, ridicularizar se vangloriar.

Ou seja, o escarnecedor é aquela pessoa que gosta de fazer piadas imorais, de criticar com zombaria das coisas de Deus, dos crentes e do pecado, ele se vangloria de estar certo nas suas opiniões e que ele é o melhor. E o crente ele deve evitar se relacionar com escarnecedores, sair para festas, para se divertirem juntos.

(1Co. 15-33) “ As más conversações corrompem os bons costumes”.

      Alguns estudiosos observam uma gradação neste verso, pois se deter é mais que andar, e se assentar é mais que se deter. E pecadores, no uso das escrituras, são piores que os ímpios, e os escarnecedores são os piores dos pecadores.

      Calvino diz algo certo a esse respeito no seu comentário do salmo 1, ele diz que:

“MESMO QUE UMA PESSOA, EM ESPECIAL O CRISTÃO, NÃO TENHA CONTRAIDO TODO O AVILTAMENTO PROVIDO DOS MAUS EXEMPLOS, NO ENTANTO É POSSÍVEL QUE SE ASSEMELHE AOS ESCARNECEDORES PERVERSOS, AO IMITAR ESPONTÂNEAMENTE SEUS HÁBITOS CORRUPTOS”.

William Mcdonald comentando sobre o vs.1 do salmo 1 ressalta que: “O HOMEM PODE SER UM AMIGO REAL DO ÍMPIO, MAS NÃO SER UM PARCEIRO EM SEU MODO DE VIDA”.
Vejamos agora o aspecto de atos positivos do homem bem aventurado:

2º As qualidades do homem bem aventurado (vs.2a).

      Em vez de andar no conselho dos ímpios, se deter no caminho dos pecadores e se assentar na roda dos escarnecedores, o homem feliz é caracterizado pela sua busca antes de tudo pela lei de Deus. A palavra PRAZER vem do termo hebraico (hephes), que traduzido significa desejo por algo valioso, interesse.

(Sl. 119-92) “Se a tua lei não fora toda a minha recreação, há muito que teria perecido na minha angústia.”

(Sl. 119-112) “Inclinei o meu coração a guardar os teus estatutos, para sempre, até o fim.”

(Sl. 119-165) “Muita paz têm os que amam a tua lei, e para eles não há tropeço.”

William Mcdonald salienta que: “È IMPOSSÍVEL VISUALIZAR UM HOMEM FELIZ QUE NÃO SEJA TAMBÉM UM HOMEM DO LIVRO DE DEUS.”

      E você, tem sido um amante da palavra de Deus? Você tem prazer na lei do Senhor? Não adianta ter só prazer e gostar de ouvir a palavra, é importante isso, mas o principal que devemos fazer veremos agora em:

3º A disciplina do homem bem aventurado (vs.2b).

      Desse amor pela palavra de Deus nasce o ato constante de meditação nela. A palavra MEDITA, do hebraico (haghah), que significa gemer, resmungar, produzir um som baixo como um suspiro; contemplar algo repetindo palavras.

(haghah) representa algo tranqüilo, diferente do sentido de MEDITAÇÃO enquanto exercício mental. No pensamento hebraico, meditar nas escrituras é repeti-las calmamente em som suave e baixo, abandonando interiormente as distrações exteriores.

      Dessa tradição hebréia vem um tipo especial de oração judaica chamada reza, ou seja, recitação de textos, oração intensa ou estar em profunda comunhão com Deus, curvando-se para frente e para trás. Essa forma dinâmica de meditação remonta evidentemente ao tempo do salmista.

      Aqui o homem de Deus antes de tudo na vida, antes de fazer qualquer coisa, antes de ir trabalhar pela manhã, de cumprir os seus compromissos do dia, ele tem alegria de meditar na lei do senhor. Nesse contexto, não se refere somente a torá, que são os 5 livros da lei, o Pentateuco, mas as escrituras num todo.

Isso nos faz lembrar o que Deus falou com Josué em (Js. 1-8), que não é somente ler a bíblia como uma leitura normal, é ir além da disso, devemos refletir diariamente a seu respeito, a fim de encontrarmos instrução, direção e o conselho do Senhor para tomarmos as decisões certas pautadas na sua palavra.

(Sl. 119-105) “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho”.

O RESULTADO DA DISCIPLINA NA VIDA CRISTÃ (vs.3).

      Antes de obtermos o resultado da disciplina na nossa vida, nós vemos antes as condições para esse resultado, e quais são elas? O (vs.2) nos dá a resposta, TER O PRAZER NA LEI DO SENHOR, E NA SUA LEI MEDITAR DE DIA E DE NOITE, DILIGENTEMENTE. E o resultado dessa disciplina se baseia em 3 pilares:

a) A disciplina produz estabilidade (vs.3a)

     Por causa do solo essencialmente árido em Israel no AT, uma árvore frondosa servia como um símbolo apropriado de benção. E salienta estabilidade na vida cristã.

      O verdadeiro cristão ele não tem uma vida dúbia, inconstante, instável na presença de Deus, um dia está fraco, caído em pecado e, no outro dia, está forte espiritualmente, em santidade, não, o crente estável permanece sempre vigoroso como uma árvore, que mesmo em um solo estéril por falta de umidade;

​
Que denota um período difícil, de sequidão na vida, de adversidades, de tribulações, a pessoa permanece na benção do Senhor, ela permanece fiel, obediente e firme na presença de Deus e na igreja, sem desviar para a esquerda e nem para a direita. Se você é instável é porque está em pecado e precisa se consertar com Cristo.

(Tg. 4-8) “Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos pecadores; e vós de duplo ânimo, purificai os corações”.

     A palavra PLANTADA vem do hebraico (shâthal), e indica que o justo não tem raízes acidentalmente, nem sob sua própria iniciativa, árvores não se plantam sozinhas e nem pecadores se transportam sozinhos para o reino de Deus.

Ele foi enraizado JUNTO A CORRENTE DE ÁGUAS, que simboliza a graça Maravilhosa de Deus. E o propósito de Deus em Cristo, plantar o homem no solo fértil da graça divina é:

b) A disciplina produz fruto (vs.3b).

      O propósito de Deus em plantar o homem no solo fértil da sua graça é sempre a produção de fruto; e frutos de justiça.

(Jo. 15-16) “Não me escolheste vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda”.

Essa árvore NO DEVIDO TEMPO DÁ O SEU FRUTO com regularidade, e suas folhas permanecem sempre verdes. Ou seja, as virtudes do homem de Deus são mostradas como a paciência e a confiança em meio à aflição, a gratidão a Deus da pessoa em meio à prosperidade, a fidelidade e tantas outras.

      William Mcdonald corrobora que: “O HOMEM QUE ESTÁ SEPARADO DO PECADO E SEPARADO PARA AS ESCRITURAS TEM TODAS AS QUALIDADES DE UMA ÁRVORE FORTE, SUADÁVEL E FRUTÍFERA, ELE TEM SUPRIMENTO DE ALIMENTO E REFRIGÉRIO QUE NUNCA FALHA”;

ISSO FAZ COM QUE SEUS FRUTOS APAREÇAM, ELE MOSTRA AS GRAÇAS DO ESPÍRITO E SUAS FOLHAS NÃO MURCHARÃO, PORQUE SUA VIDA ESPIRITUAL NÃO ESTÁ SUJEITA A MUDANÇAS CÍCLICAS, MAS É CARACTERIZADA PELA RENOVAÇÃO INTERIOR CONTÍNUA.
E como D.L. moody disse: “TODAS AS ÁRVORES DO SENHOR SÃO SEMPRE VERDES”.

Ou seja, indubitavelmente, A FOLHAGEM DO CRISTÃO, que ó o seu testemunho de vida, o seu caráter, a sua integridade não murcha, ela é mantida sempre verde, firme e alicerçada em Deus.

      Se você não produz fruto no tempo certo, se você não tem uma vida de oração, de santificação, de meditação na palavra, se quase não vem na igreja e ainda permanece na prática do pecado, se ainda fuma, bebe, se prostitui com a namorada, se é mentiroso, pornográfico, questione se você é um verdadeiro cristão, se você nasceu de novo.

c) A disciplina produz benção de Deus (vs.3c).

     A prosperidade aqui não é uma recompensa por determinada ação, pelo seu ato de ofertar uma oferta alçada, de sacrifício, e nem coisas materiais, mas sim o resultado de um estilo de vida que segue o caminho traçado por Deus. De uma vida que agrada a Ele, do serviço cristão, do evangelismo etc.

A verdadeira prosperidade do Senhor não é financeira, mas sim uma abundância da graça divina em nosso espírito, que nos é dada por uma vida disciplinada e frutífera para a glória de Deus. A nossa prosperidade é Cristo ardendo fortemente em nós, é a unção de Deus em nós que transforma vidas. 

(Jo. 10-10) “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.

​
O RETRATO DO ÍMPIO (1.4 ao 6).

1º O caráter moral do ímpio (vs.4).

     Existe aqui um contraste rigidamente definido, a superficialidade enfatizada por um duplo negativo, “NÃO e ASSIM”, tanto na conduta como na felicidade. Os ímpios como os justos, são descritos como uma planta, mas uma planta que está morta e sem raízes.

E a vida do perverso não é nem sequer comparada a uma árvore seca, pode ser comparada apenas A PALHA QUE O VENTO DISPERSA. O caráter do ímpio é como a palha, uma imagem comum no AT, extraída das épocas de colheita.
Que são cascas de grãos vazias, não tem peso substancial para estabilizar-se e é facilmente levada pelos ventos da adversidade. Pelo modo de peneiração do oriente contra o vento, era totalmente espalhada. O ímpio vive superficialmente, não tendo rebentos nem raízes;

Eles que não estão plantados junto a ribeiros de águas, isto é, na palavra de Deus. Não são salvos e, portanto, são intrinsecamente sem valor, sem substância e facilmente levados pelo vento, leves, estéreis, vazios da presença do Espírito Santo e sem valor.

2º A condenação dupla dos pecadores (vs.5).

Que se baseia em 2 pilares:

a) O destino final dos perversos (vs.5a).

      A conjunção “POR ISSO” introduz a forte conclusão de que os perversos não serão aprovados no julgamento de Deus. O julgamento está próximo, o juiz está às portas, o grande trono branco em breve será estabelecido; e os vivos e mortos estarão perante o Rei dos reis e Senhor dos senhores para a prestação de contas.

(Rm. 14-12) “Porque cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.”

      Não há como escapar desse dia, seus pecados estão todos registrados, eles não buscaram o mérito do salvador e não tiveram interesse na cruz salvadora de Cristo, mas interesse pelas coisas do mundo, e por rejeitarem o unigênito filho de Deus, serão punidos e condenados eternamente ao lago de fogo.

Henry Law afirma que: “TERRÍVEL É A MALDIÇÃO DELES”. 

(Mt. 25-46) “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna.”

b) A separação dos pecadores dos justos na igreja (vs.5b).

      No texto de (1Pe. 4-17) diz que “o juízo de Deus começa pela igreja”...

Concordo com John macarthur quando diz que Pedro não se refere à condenação eterna aqui, mas a limpeza, correção e purificação da igreja pelas mãos amorosas de Deus.

     Indelevelmente, o Senhor Jesus separando o trigo do joio, mas isso não significa que todos os ímpios ou cristãos superficiais não irão permanecer na igreja.

Alguns podem até não permanecer por muito tempo e abandonarem a congregação voltando para a vida de pecados, demonstrando assim a sua falsa conversão.

Enquanto que os outros que permanecem, por permissão de Deus, serão julgados e separados naquele grande dia, onde o Senhor Jesus reunirá no seu canto esquerdo os bodes e a sua direita as ovelhas, e separará os seus eleitos dos ímpios, que irão para o tormento eterno (Mt. 25- 31,45).

Conclusão

4º DOIS CAMINHOS E DOIS DESTINOS DIFERENTES (vs.6).

Que se baseia em 2 pilares:

a) O caminho e destino do justo (vs.6a).

     Aqui se refere a bem mais que reconhecer. O Senhor conhece todas as coisas pela sua onisciência. Nesse contexto, a referência é a intimidade e ao envolvimento pessoal de Deus com os seus; ao seu estilo de vida. Cristo conhece toda a nossa vida e sabe qual será o nosso fim, predeterminado por Ele.

(2Tm. 2-19) “Todavia o fundamento de Deus fica firme tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparta-se da iniqüidade.”

b) O caminho e destino do ímpio (vs.6b).
   
     Quanto ao caminho do ímpio, que Deus também conhece uma vida de pecados e longe da sua presença, tanto a sua vida irá de mal a pior enquanto viver aqui nesse mundo, e o seu destino final também será de ruína e castigo eterno;

(Mt. 7-23) “E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.”

Enquanto o destino final do justo será de alegria eterna junto de Cristo, com a toda a igreja e os anjos de Deus na glória dos céus para sempre.

​

Notas:

1- COMENTÁRIO BÍBLICO AFRICANO, pág 613, 614.
2- COMENTÁRIO DA BÍBLIA DE ESTUDO GENEBRA.
3- COMENTÁRIO DA BÍBLIA DE ESTUDO MACARTHUR.
4- COMENTÁRIO DA BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE.
5- C.H. SPURGEON, Esboços bíblicos de salmos pág.11,12.
6- WILLIAM MCDONALD, Believers bible commentary.
7- D.L. MOODY, notes from my bible, pág.64.
8- ARTHUR EMERSON HARRIS, The psalms outlined.
9- A. R. FAUSSET, commentary critical and explanatory on the whole bible.
10- HENRY LAW, psalms (1878).
11- CALVINO, o livro do salmos vol.1, pág. 49-57.
12- EDWARD HINDSON/ MICHAEL WOODROW, comentário da bíblia king james.
13- JOHN WESLEY´S, note on the bible.